segunda-feira, 17 de outubro de 2011

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Sabe quando você lê uma coisa que cai como uma luva? Que te dá um tapa na cara?
Pois é. Hoje eu encontrei esse texto e me apaixonei!


"Depois de algum tempo você aprende a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar a alma;

E você aprende que amar não significa apoiar-se e que a companhia nem sempre significa segurança;

E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.

E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto para os demais planos;

E o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto muito tempo.

E aprende que não importa o quanto você se importe,

Algumas pessoas simplesmente não se importam...

E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-la de vez em quando e

Você precisa perdoá-la por isso.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se levam anos para construir confiança,

E apenas segundos para destruí-la;

E que você pode fazer coisas em um instante,

Das quais se arrependerá o resto da vida.

E aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias;

E o que importa não é o que você tem na vida,

Mas quem você tem na vida;

E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar os amigos,

Se compreendermos que os amigos mudam;

Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada,

E terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida

São tomadas de você muito depressa,

Por isso devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas;

Pode ser a ultima vez que a vejamos.

Aprende que as circunstâncias e o ambiente tem influência sobre nós,

Mas nós somos responsáveis por nós mesmos.

Começa a aprender que não deve se comparar com os outros,

Mas com o melhor que você pode ser.

Descobre que leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser,

E que o tempo é curto.

Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo;

Mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.

Aprende que, ou você controla os seus atos, ou eles o controlarão;

E que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade,

Pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação,

Sempre existem dois lados.

Aprende que os heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer,

Enfrentando as conseqüências.

Aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai,

É uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve, e com o que você aprendeu com elas,

Do que com quantos aniversários você já celebrou.

Aprende que há mais do seus pais em você do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva;

Mas isso não lhe dá o direito de ser cruel.

Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que o ame,

Não significa que este alguém não o ame com tudo que pode,

Pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem demonstrar ou viver isto.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém,

Algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo.

Aprende que com a mesma sinceridade com que julga, você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido,

O mundo não pára para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás,

Portanto plante seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que realmente pode suportar...

Que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não pode mais.

E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida.

Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar,

Se não fosse o nosso medo de tentar."


William Shakespeare


sábado, 15 de outubro de 2011

Pessoas de verdade

Quantas vezes a gente tem a sensação de que o chão está ruindo sob nossos pés? Ando com essas sensação. Tudo que eu construí e corri atrás está acabando. Não sei se sou eu ou o mundo que é ou está estranho! Não me sinto a vontade com pessoas e em lugares que antes eram familiares. Tudo está de cabeça pra baixo. E são tantas decepções. Tantas...

Decepção é uma coisa engraçada. Ela machuca tanto que a gente perde as forças pra lutar pelo que queremos. Isso é, quando sabemos o que queremos. O que não anda acontecendo comigo. Estou tão decepcionada com tanta coisa e com tantas pessoas que nem sei mais o que eu quero e do que eu preciso. Não tenho forças para enxergar um palmo na minha frente.

E pra piorar ainda mais, ainda tem um milhão de dedos julgadores me apontando. Porque as pessoas precisam julgar tanto? Será que a vida delas é tão vazia, que elas precisam olhar e cuidar da vida dos outros? Será que é fofoca? Será que é complexo de superioridade? Pode ser tudo junto. Não sei, mas acredito que antes de apontar um dedo mesquinho, devemos nos lembrar que outros três nos apontam. Não quero me passar por religiosa fervorosa, até porque estou sem religião, mas nunca perdi minha filosofia de que devemos amar o próximo como a nós mesmos. E a mesma pessoa que disse isso, também nos ensinou:

"Não julgueis para não serdes julgados. Pois com o julgamento com que julgais sereis julgados, e com a medida com que medis sereis medidos."
Jesus Cristo
Não quero passar por pessoa perfeita, também. Eu erro muito e muitas vezes com as pessoas que eu mais amo. Quando eu percebo, já fiz tanto que não dá nem para voltar atrás. E é exatamente porque eu erro muito, que sei que não tenho o menor direito de julgar. E quem é perfeito? Quem não erra? Quem nunca meteu os pés pelas mãos e viu como as coisas podiam ter sido mais simples? Somos todos humanos, todos iguais, e todos, sem excessões, erramos.
Até hoje nunca conheci nenhum dono da verdade absoluta. E é exatamente por isso, que não devemos julgar ninguém.

Todo esse julgamento é um dos motivos de tanta decepção. Mas o que anda pegando mesmo é a traição e o abandono de tantas pessoas que eu amo. De uma hora pra outra, parece que as pessoas resolveram se mostrar. Ainda estou em choque. Uns me dizem uma coisa, mas fazem outra pelas minhas costas. Outros simplesmente dizem que não vão me abandonar, que sempre estarão lá quando eu precisar; e, quando eu mais preciso, elas têm coisas mais importantes pra fazer. De certa forma, as porradas que ando levando, são boas pra eu aprender que não devemos confiar totalmente em ninguém, ninguém. Mas acho que é a falsidade de outros que mais machuca. Porque uma pessoa que tanto me julga, que tanto me critica, precisa me dar beijinhos e sorrisos amarelos? Não preciso disso. Sou muito maior que isso, não é um sorrisinho ridículo que vai aliviar o que essas pessoas falam de mim. Respeito mais as pessoas que falam as coisas na minha cara. Pelo menos elas têm personalidade.

Eu respeito muito as pessoas de verdade. E é por isso que eu estou aqui, na frente do computador, chorando e me desabafando pra tentar desopilar. Esse post, na verdade, não é um monte de reclamação junta, é uma homenagem para as pessoas de verdade.

Espero que eu afaste as sujas e atraia essas pessoas verdadeiras. Pois só elas são realmente interessantes e valem a pena.
Um amigo meu, uma vez me disse que eu tenho uma qualidade e um defeito: minha sinceridade.
Que bom! Pois, apesar de todos os meus defeitos, eu sou uma pessoa de verdade.

E você, que conseguiu ler essa "lenga-lenga" toda até o final, é uma pessoa de verdade?

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Mulheres e mulherzinhas

Quando eu tinha 6 anos, levei um soco na minha primeira briga de colégio. Logo em seguida, dei uma rasteira na menina e devolvi o soco com outro de presente. Levei uma bela bronca da professora, e, ainda, ganhei o tão temido comunicado. Como eu vivia apanhando na escola, achei que ia levar uma bela bronca em casa, mas isso não aconteceu: minha mãe colocou um gelo no meu olho, e pediu para eu sentar na mesa da cozinha e contar o que aconteceu, enquanto ela fazia minha janta. Quando ela ouviu tudo, me colocou no colo, me deu um beijo e disse: "Estou muito orgulhosa porque você não é uma mulherzinha. Foi assim que eu criei você!"
Na hora achei muito legal, mas também achei que minha mãe estava maluca.

Mais tarde, quando eu tinha 11 anos, parei de falar com todas as meninas da minha sala porque achava que elas eram muito falsas. Ora essa, se uma falava mal da outra para mim, o que me garantia que ela não falava mal de mim para a outra? Muito digno, ? Mas na prática não foi tão legal assim. Eu acabava sozinha em tudo: nos trabalhos, no recreio, não ia nas tão desejadas festinhas de aniversário... Enfim, era uma porcaria. Nem queria mais ir ao colégio! Um belo dia, pedi pra minha mãe para faltar aula, porque era dia de Educação Física e uma menina isolada sempre era a última a ser escolhida e, ainda, levava várias boladas de propósito. Então, mais uma vez, ela me colocou no colo e disse: "Existem dois tipos de mulher: as mulheres e as mulherzinhas. Cabe a você escolher qual quer ser. Mas vai ser muito frustrante, como mãe, criar uma mulherzinha. Se você não fala com essas meninas é porque tem personalidade, não é que nem todas as outras e não é uma mulherzinha. Foi assim que eu te criei e um dia você vai me agradecer por isso!"

Pois é, hoje, com 22 anos, eu agradeço. E muito! Todas as vezes que me deparo com uma mulherzinha, sinto uma gratidão imensa por não ser assim. Só que, por ter escolhido ser uma "mulher", várias pessoas sem personalidade já saíram do meu caminho. Umas naturalmente, outras na briga. Claro que eu sempre ficava triste quando elas iam, mas quando a poeira abaixava, percebia que eu estava no lucro quando elas se afastavam.

Recentemente, passei por uma situação muito chata: tinha uma amiga muito querida, que não quis acreditar em mim, e não me deu espaço para defesa. Ela preferiu jogar nossa amizade no lixo e me trair, pois, mesmo diante de todas as evidências, pra ela era muito mais cômodo acreditar no namorado. Na hora eu fiquei muito irritada, afinal minha mãe também não me criou para ser mentirosa. Bati boca, agredi, quis conversar... e ela não me deu nem espaço. Hoje, só o que eu consigo sentir por ela é pena. Muita pena. Pena da falta de personalidade, pena do medo de mudar, pena do medo de assumir que escolheu errado e pena de tanto amor depositado na pessoa errada. Se ela queria ficar com ele, mesmo sabendo das mentiras, era uma opção dela. Mas ela não podia tomar as mentiras como verdade absoluta e me tratar como uma mentirosa repulsiva. Isso não se faz, isso denigre e magoa.

Às vezes, vejo um monte de pessoas que vivem assim, na mentira. Pra elas, as mentiras parecem ser mais confortáveis. Nunca entendi isso. Parece que não têm sangue correndo nas veias! Prefiro ter um inimigo a um falso amigo. Não preciso de esmola de carinho. Acho isso patético. Algumas pessoas são tão carentes, que precisam de falsidade para sentir que fazem parte de alguma coisa e que são amadas. Tenho asco dessas coisas. Nunca suportei mentira, prefiro me machucar com a pior verdade.
Mas o que eu posso fazer, ? Afinal de contas, o pior cego é aquele que não quer ver.

Agradeço muito à minha mãe por me ensinar a tomar minhas decisões, a sempre seguir minha convicção, meus princípios e meu caráter.


"A personalidade está para o homem, como o perfume está para a flor."
Charles Schwab

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Mudanças e novo ano...

Ano novo, vida nova!
Entrei o ano com muito gás! Muito feliz, este ano promete muitas coisas boas na minha vida e, até agora, está cumprindo.
Estou tão feliz com meus rumos, que tenho até vergonha. Pois, apesar de tantas coisas maravilhosas, à minha volta, as coisas estão muito complicadas e tristes. Nunca vi tanta coisa triste e, por que não dizer, tanta desgraça em tão pouco tempo. Estou horrorizada.
Este início de ano, definitivamente é de luto.
Luto pelas famílias que tudo perderam, pelas pessoas que morreram soterradas, pela destruição, pela revolta da natureza. Luto pelo Ricardo, um menino tão jovem e guerreiro, que descansou aos 24 anos, depois de muita luta contra um câncer no joelho. Até agora, é difícil acreditar que ele se foi. Luto, pela Milena, menina doce e linda que descobriu muito sobre o amor ao lado de um menino que era tão perfeito para ela. Luto, também, pela minha tia Lilian, que está tão doentinha e debilitada e não consegue descansar, tadinha, é muito sofrimento.
Quando essas coisas acontecem, tão próximas e com tanta intensidade, a gente acaba perdendo o chão. Nessas horas, questionamos tudo, até a nossa fé. Foi então que, ontem, conversando com meu avô, consegui enxergar as coisas por um ângulo um pouco diferente. É um pouco complexo, mas o mal é necessário para nossa alma. Eu entendi direitinho o que ele quis dizer: "às vezes é preciso estar cansado para aproveitar a cama", meu avô e suas metáforas! Mas faz sentido, sem o mal, o que seria do bem? Às vezes, as coisas podem parecer horríveis, mas, de alguma forma, são necessárias para nossa alma e nossa evolução. Afinal, estamos aqui só de passagem.
Como estamos aqui só de passagem, devemos aproveitar e aprender muito. Não podemos perder um dia! E é por isso que, agora, não tenho mais vergonha de estar feliz. Pode parecer demagogia, egoísmo e até hipocrisia. Mas não adianta viver no pessimismo e na tristeza. É a vida que segue. Eu posso, sim, estar triste e de luto por tantas desgraças e, ao mesmo tempo, estar feliz por uma vida nova, com coisas boas que começa.
Poxa, afinal de contas, minha prima tão querida está quase ganhando bebê, o teatro voltou para a minha vida, estou com planos profissionais maravilhosos, consegui uma rotina muito saudável, estou com meu amor do meu lado e, pra finalizar com uma cerejinha em cima do bolo, hoje é aniversário dos meus irmãos lindinhos. Parece que foi ontem que eu saí escondida do banheiro do hospital e me deparei com dois rostinhos pequenininhos escondidinhos numa manta! Como esses rostinhos podem deixar minha perna tão bamba!? Ai, quanto amor eu sinto por eles.
Por isso estou aqui, tão feliz por tantas coisas e por tantas mudanças.
Por falar em mudanças, antes de finalizar, queria registrar que elas são muito necessárias. No final do ano passado, tive mudanças drásticas e, hoje, estou muito melhor!
Por isso, deixo de presente, para quem teve paciência de ler tudo, um poema da Clarice Linspector, que foi minha inspiração para começar a escrever este post. Eu ia apenas colocar este poema, mas resolvi escrever umas palavrinhas antes. Virou um desabafo!

Mudar

"Mude, mas comece devagar,
porque a direção é mais importante
que a velocidade.

Sente-se em outra cadeira,
no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.

Quando sair,
procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,
ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção
os lugares por onde
você passa.

Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.

Tire uma tarde inteira
para passear livremente na praia,
ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.

Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas
e portas com a mão esquerda.

Durma no outro lado da cama...
depois, procure dormir em outras camas.

Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais...
leia outros livros,
Viva outros romances.

Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.

Aprenda uma palavra nova por dia
numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos,
escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores,
novas delícias.

Tente o novo todo dia.
o novo lado,
o novo método,
o novo sabor,
o novo jeito,
o novo prazer,
o novo amor.
a nova vida.

Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.

Almoce em outros locais,
vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo,
jante mais tarde ou vice-versa.

Escolha outro mercado...
outra marca de sabonete,
outro creme dental...
tome banho em novos horários.

Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.

Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.

Troque de bolsa,
de carteira,
de malas,
troque de carro,
compre novos óculos,
escreva outras poesias.

Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.

Vá a outros cinemas,
outros cabeleireiros,
outros teatros,
visite novos museus.

Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.
Seja criativo.

E aproveite para fazer uma viagem
despretensiosa,
longa, se possível sem destino.

Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.

Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas,
mas não é isso o que importa.

O mais importante é a mudança,
o movimento,
o dinamismo,
a energia.
Só o que está morto não muda !

Repito por pura alegria de viver:
a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não
vale a pena!!!! "


Feliz ano novo!