sexta-feira, 30 de abril de 2010

Carência ... Carence ... Carencia ... Carenza... Lack... Bedürftigkeit...

Ah! A carência. Um mal que atinge todos nós, no mundo todo. Basta estarmos vivos, que já sentimos uma pontinha de carência nos atormentando.
Algumas pessoas falam que a carência é amiga da solidão, eu já acredito que é do amor. A gente só se sente carente quando alguém que amamos fica distante de alguma forma, por algum momento, por algum motivo. Ou então, quando esse alguém nunca esteve presente da forma que nós queríamos.
Por isso eu digo: A carência e o amor caminham lado a lado.
Isso não quer dizer que, com a carência, não chegam tímidas a nostalgia e a tristesa.
Sim, elas chegam. E são elas que nos fazem perceber que estamos nos sentindo carentes e desamparados.
Não é feio se sentir carente, mesmo quando se está rodeado de mil pessoas maravilhosas. A carência faz parte dos sentimentos humanos, então todos estamos à mercê dela!

E como as pessoas são carentes!

Vemos carencias afetivas, emocionais, sociais, psicológicas... São muitas!
A pior carência é, de fato, a de amor. Mas não falo do amor de um homem para uma mulher, e sim, do amor fraternal; aquele amor incondicional.
Atualmente, é muito difícil encontrar o amor. É uma tarefa árdua. Uma vez que as pessoas têm tempo para tudo: para trabalhar, estudar, sair, dançar pagar contas, criar filhos, etc. Mas não têm para o mais importante: Para amar!
É tão difícil, assim, amar o próximo? Fazer o bem, sem olhar à quem?
Foram vários os líderes espirituais que aqui estiveram para nos doutrinar; são várias as religiões, e todos pregam e ensinam a mesma coisa: O Amor!
É tão simples e tão difícil amar!
E na falta do amor, chega a carência!
Algumas pessoas acreditam que ser amadas é a solução para todos os problemas, contudo, na contramão, pode aparecer a falta desse amor. E quem essas pessoas acabam encontrando? Ela, a carência!

A carência está por aí, por todos os lados, é só pararmos para olhar quando ela bate na nossa porta.
Qual a melhor maneira de resolver isso? Amando!
Se pararmos para pensar, conseguimos as coisas com muito mais facilidade quando enxergamos o outro, quando amamos o outro.
É aquela história da Lei da Ação e Reação ou Lei do Carma. (Postagem anterior.)
Então, meus carentes de plantão, eis a solução para esse sentimento tão sutil e tão arrebatador que aflige a alma dos seres humanos: Vamos plantar o amor, o melhor amigo da carência!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Karma Sucks!

Lei de Ação e Reação ou Lei do Carma:
"Tudo de bom ou ruim que você fizer hoje, algo de força equivalente amanhã irá lhe beneficiar ou prejudicar, seja nesta ou em outra vida. "A cada um será dado de acordo com suas obras." Não existe escapatória ou subterfúgios perante as Leis de Deus. Existe, sim, uma possível abreviação do carma. Através da prática do bem e da caridade, um espírito pode alterar ou diminuir sua dívida cármica."

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Tá bom!
Sei que já fiz as minhas besteiras, e a lei do Carma foi implacável comigo: Chegou detonando! Paguei direitinho o que eu tinha feito!
Comigo ela funcionou bem, e olha que eu nem fiz tanta coisa para merecer uma revanche do destino tão imediata!
Agora, eu ando meio revoltada com essa tal Lei do Carma!
Os funcionários da Repartição do Carma devem estar em greve, não é possível!!!
Vejo uma pessoa que não mede esforços para me fazer mal, ela não se dá por satisfeita de jeito nenhum.
Há um ano, ela vem com uma idéia mirabolante em cima da outra.
Tudo com o único intúito de atrapalhar, disseminar a discórdia, enfim: de fazer mal.
E eu só a vejo conseguir, com isso tudo, o que quer!
Poxa! Cadê a tal lei do Carma, que todos dizem ser impiedosa? Eu já vi que ela não perdoa, nem dá um tempinho pra pessoa se arrepender.

Poxa!
Será que dá para esses funcionários saírem da greve, e virem acertar umas continhas com uma certa pessoinha, que anda me incomodando bastante!?? Eles estão muito compassivos, pro meu gosto!
Não quero vingança: Quero um pouquinho de justiça da Lei do Carma... Só isso!

É isso!
De resto, está tudo lindo na minha vida!
Se bem que eu ando com uma saudade imensa do meu Mocoquinho!
Mas eu sei que o que a gente tem supera essa distância.
Nós somos um só!
^.^

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Mal Acostumada

Nossa!
É incrível a facilidade que temos de nos acostumar com as coisas boas. Sei que dá para se acostumar com coisas ruins também, mas com as coisas boas, não tem jeito! A gente se apega de tal forma que, quando percebemos, não conseguimos mais ficar sem.
Um bom exemplo disso foi o meu último mês: Meu namorado mora longe, em Rio das ostras, e veio passar as férias em Petrópolis. Ficamos agarradinhos por um mês. Fazíamos tudo juntinhos, ele se adaptou à minha rotina, aos meus horários, aos meus hábitos, aos meus amigos e à minha família.
Nossa! Foi perfeito!
Não queria outra vida.
Parecia que nunca ia acabar.
Tudo ia às mil maravilhas, quando eu tive o choque de realidade: O mês, e as férias dele, acabaram!
Como isso aconteceu em cima do feriado, fui passar o feriado e o final de semana em Rio das Ostras. A volta para casa foi uma das piores coisas que me aconteceram.
Foi horrível entrar no meu quarto vazio: O cheirinho dele ainda estava lá e, quando percebi, eu estava sentada no chão, encolhida, chorando a alma.
Não estou com ânimo de nada. Não quero fazer nada. Só quero o colinho bom que eu tinha todo dia e toda noite.
Nossa! Como eu dormia bem com ele me fazendo cafuné!
O mais engraçado disso tudo é que eu achava que estava acostumada com a distância, que, por mais que seja difícil, eu acreditava que estava 'tirando de letra'.
Eu não fazia idéia da importância que ele tem, e da falta que ele faz na minha rotina.
Agora, mais que nunca, eu sei como ele é importante na minha vida e como eu o amo.
Não sabia que eu amava tanto uma pessoa!
Tenho certeza de que é ele o amor da minha vida.
Com ele que eu quero ficar!
=)

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Idéias...

"Idéias são insights luminosos que, no melhor dos casos, acontecem quando nos desprendemos da realidade e mergulhamos na fantasia, privilégio de um mundo absolutamente infantil."

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Ser Feliz Não é Pecado! ツ

Por mais que eu esteja em pleno inferno astral, e dessa vez acredito nisso mais que nunca, eu ando querendo alegrar mais a minha vida. Ando meio jururu, mas não quero ficar assim.
Desde o dia que eu descobri o livro "Doidas e Santas" da Martha Medeiros (Inclusive já falei desse dia no meu fotolog, também!), eu me descobri fã da autora.
Eu já conhecia suas crônicas, adorava encontrar uma crônica dela no jornal, mas o livro começou a fazer parte da minha rotina e, cada vez mais, me identifiquei com ela.
Acabou que eu fui descobrindo -e procurando!- crônicas dela em outros lugares.

Então, em homenagem à minha fase esquisita e à minha busca da felicidade que sempre tive, resolvi começar esse blog com essa crônica deliciosa:

"Felicidade é ter noção da precariedade da vida, é estar consciente de que nada é fácil, é não se exigir de forma desumana e, apesar (ou por causa) disso tudo, conseguir ter um prazer quase indecente em estar vivo.

A felicidade é desprezada por muita gente. A pessoa feliz sofre o preconceito de parecer uma pessoa vazia, sem conteúdo. No entanto, algo ela tem, senão não incomodaria tanto. Será que é porque ela nos confronta com nossa própria miséria existencial? É irritante ver alguém naturalmente linda, rica, simpática, inteligente, culta, talentosa, apaixonada e, ainda por cima, magra! Essa ninfa nunca ouviu falar em insônia, depressão, dívidas, mousse de chocolate?

Os felizes ainda estão associados ao padrão "comercial de margarina", portanto, costumam ser idealizados - e desacreditados. É como se fossem marcianos, só que não são verdes. Por isso, damos mais crédito aos angustiados, aos irônicos, aos pessimistas. Por não aparentarem possuir vínculo com essa tal felicidade, dão a entender que têm uma vida muito mais profunda. Você é feliz? Não espalhe, já que tanta gente se sente agredida com isso. Mas também não se culpe, porque felicidade é coisa bem diferente do que ser linda, rica, simpática e aquela coisa toda. Felicidade, se eu não estiver muito enganada, é ter noção da precariedade da vida, é estar consciente de que nada é fácil, é tirar algum proveito do sofrimento, é não se exigir de forma desumana e, apesar (ou por causa) disso tudo, conseguir ter um prazer quase indecente em estar vivo.

O psicanalista Contardo Calligaris certa vez disse uma frase que sublinhei: "Ser feliz não é tão importante, mais vale ter uma vida interessante". Creio que ele estava rejeitando justamente esta busca pelo kit felicidade, composto de meia dúzia de realizações convencionais. Ter uma vida interessante é outra coisa: é cair e levantar, se movimentar, relacionar-se com as pessoas, não ter medo de mudanças, encarar o erro como um caminho para encontrar novas soluções, ter a cara-de-pau de se testar em outros papéis - e humildade para abandoná-los se não der certo. Uma vida interessante é outro tipo de vida feliz: a que passou ao largo dos contos-de-fada. É o que faz você ter uma biografia com mais de 10 páginas.

Se você acredita que ser feliz compromete seu currículo de intelectual engajado, troque por outro termo, mas não cuspa neste prato. Embriague-se de satisfação íntima e justifique-se dizendo que é um louco, apenas isso. Como você sabe, os loucos sempre encontram as portas do céu abertas.

Rita Lee, que já passou por poucas e boas, mas nunca se queixou de não ter uma vida interessante, anos atrás musicou com Arnaldo Batista estes versos: "Se eles são bonitos, sou Alain Delon/ se eles são famosos/ sou Napoleão/se eles têm três carros/ eu posso voar". Também faço da Balada do Louco meu hino, que assim encerra: "Mais louco é quem me diz que não é feliz".

Eu sou feliz."


Martha Medeiros