quinta-feira, 21 de novembro de 2013

It's evolution, baby!

Eu acredito que toda regra tem uma exceção.
Por isso não me apego a nenhum fanatismo religioso ou filosófico.

Os dias passam, as ruas mudam, pessoas entram e saem da nossa vida, a cabeça da gente evolui, enfim, a vida dá voltas. Não podemos nos dar o luxo de ficarmos presos o tempo todo na mesma filosofia.

Mudança ideológica não é falta de personalidade, mas reflexo de evolução.
É aquele lance de "ser uma metarmofose ambulante": "ter aquela velha opinião formada sobre tudo" é muito fácil, muito pequeno, muito pouco! Na vida temos que quebrar a cara, arriscar... viver, sabe?

Tem pessoas que passam a vida inteira fazendo suas escolhas em função de uma filosofia de vida e acabam perdendo momentos que poderiam ser perfeitos e pessoas maravilhoas. Ou não, mas como elas vão saber se não viveram?

Na minha humilde opinião, isso é uma covardia tão grande, que chego a ter vontade de sacudir essas pessoas e mostrar que existem mil possibilidades que fazem a vida ser mais colorida e mais apimentada!

Tá, eu sei. Não posso fazer isso. Cada um com o seu momento e a sua evolução. Juro que tento respeitar isso... Mas a vida é muita curta para vivermos o mesmo personagem o tempo todo.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Pessoas Descartáveis

Essa sociedade capitalista é tensa.
Tudo tem etiqueta, você pode ter o que quiser: aquele sapato lindo, aquela blusinha verde, aquela bolsa preta, uma bunda perfeita, os peitos mais bonitos do mundo... Todos os valores estão perdidos. Tudo é comprável e descartável, principalmente as pessoas.
Sim, principalmente as pessoas. Essa cultura do descartável é absurda. Você conhece uma pessoa, sai com ela, tudo está muito bom, ela te fala coisas lindas que você quer ouvir, o mundo é um mar de rosas e a vida é bela. Até que passa uma bunda maior (ou duas, três, quatro...) e você começa a ser menos interessante, menos engraçada... até que vira um ser inconveniente, sem graça, irritante e é jogada fora.

Sim, descartada como um copinho de plástico de festa de aniversário de criança, que rasgou e só serve para melar a mão de refrigerante. Precisa ser logo substituído.

Não entendo isso, vou passar a vida sem entender e sei que nunca vai mudar. As pessoas vivem e vendem mentiras o tempo todo. Umas porque não sabem ser sinceras, outras realmente acreditam naquela mentira por um tempo e, a grande maioria, simplesmente porque não têm colhão de chegar e falar "aproveita enquanto eu estou aqui. Vai durar pouco".

Esse mundo onde ninguém é insubstituível, único e importante é muito vazio. Me incomoda muito conhecer uma pessoa e não saber se sou parte de um joguinho de conquista barato, ou se realmente estou vivendo algo verdadeiro. Chega a ser patético: as pessoas não têm mais tempo de realmente conhecer aquela que está beijando. Olha, que absurdo! Elas têm as mesmas histórias, os mesmos discursos, as mesmas cantadas e os mesmos pretextos. Tudo é padronizado. Até os perfumes!
Juro que quero acreditar que ainda existem pessoas de verdade, lindas na essência, sinceras e dispostas a ter um bem durável. Como os carros antigos, que eram feitos para durar a vida toda. Os de hoje são só lata.

Os homens têm um ego estranho que eu custo a entender, sabe? Funciona como um balão que nunca vai estourar, e pode ser inflado ad infinutum. Isso contribui muito para que as coisas sejam assim. Claro que a conquista é muito boa, mas viver de conquistas soa tão vazio. No final, estão sempre sozinhos, apesar de acompanhados. Claro que os homens não são os grandes vilões dessa história. Mulheres também descartam e fazem as mesmas coisas. Mas a grande diferença é que, no fundo, elas querem um relacionamento. Pensam nisso desde o primeiro "oi". Vejo isso quando converso com minhas amigas: elas pagam de duronas, mas já estão analisando se o DNA do cara é bom para ter filhos lindos. Juram de pés juntos que não querem nada sério, mas estão cheias de esperança em subir no altar. Só descartam um, quando aparece outro com maior potencial. É uma confusão. Uma palhaçada! Acaba que vira um grande círculo de mentiras e, no final, sempre tem alguém que sai machucado. Não tem jeito.

Uma coisa que pega muito mal nessa de termos que conviver com a idéia de que podemos ser descartados, é que pessoas machucadas e cheias de calos como eu, passam a ter uma "casca de proteção". No meu caso, estou mais para um porco-espinho. Custo a confiar nas pessoas e, enquanto isso não acontece, sou fria, seca  e racionalizo tudo o que posso vir a sentir. Com o tempo, passo a confiar e tiro minha casca. Mas, geralmente, quando me sinto pronta para isso, a pessoa já enjoou e está indo embora. Me descartando. E perdendo o que de melhor tenho para oferecer. Uma pena.

Ando numa fase de introspecção, precisando me encontrar e, a última coisa que preciso é de alguém para interferir no meu momento de reencontro comigo mesma. Mas, em contrapartida, também sonho em encontrar uma pessoa que me faça bem e que eu possa fazer o mesmo por ela. Não estou procurando, nem penso em rótulos, não gosto deles (conforme já deixei claro aqui: http://regininhaboynard.blogspot.com.br/2010/06/keep-walking.html). Acredito muito no amor e sou muito otimista. Não digo que quero achar uma pessoa para casar ou qualquer coisa do gênero, até porque, não sonho em casar e blá blá blá. Sonho, sim, em ser feliz e encontrar um amor único e insubstituível para dividir todos os meus sucessos e perrengues. Se ele vai durar anos e anos, não sei. Mas tem que ser de verdade!

É isso. Precisava verbalizar porque essas pessoas que descartam andam me incomodando muito.
Sou verborrágica, mas sou autêntica e sincera com os outros e, principalmente, comigo mesma.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Tanta Saudade...

A vida é muito estranha. Um dia as coisas estão bem e do nada elas mudam. As ruas mudam, as pessoas mudam e algumas vozes somem... Outras chegam, mas o silêncio daquela voz em especial faz muita falta. Mas não temos escolha: vamos levando a nova vida. Cada boa notícia, é uma alegria imensa e uma esperança de que as coisas vão melhorar, mas aí bate aquela vontade de dividir os sorrisos com quem mais amamos, só que não posso mais. Seguro o choro e vou em frente, cabeça erguida. Sou forte, não sou?
 

Não, fraca demais. Tem alguns dias que a saudade chega com tudo e me engole. Nesses dias, a única coisa que consigo sentir é um vazio imenso e um aperto no peito, é uma dor tão profunda que chega a ser física. E a falta daquele colo e daquelas palavras que me conheciam tão bem fazem eu me sentir sozinha num mundo abarrotado de pessoas. Isso assusta muito...

Eu entendo a morte, aceito que as pessoas precisam ir embora para evoluir. Isso aqui é uma escola e somos só carcaça. Mas o que eu faço com essa saudade tão grande? Isso eu não entendo... E ainda me falaram que o tempo cura essa dor. Cura nada, já tem sete meses e parece que foi ontem. Tinha que ter um telefone especial para falarmos com quem amamos e não está mais aqui... Mas não dá. Só podemos sentir mais e mais saudade. Já me falaram que o tempo cura, mas cada novo passo que dou, me lembro dela... Tem dia que até sinto o seu perfume.  

Os dias passam e o nosso maior erro é achar que tudo é pra sempre, mas o meu amor é. Ele vai comigo por todos os dias da minha vida até que um dia vou reencontrar com a minha avó. Espero um dia poder ser uma mulher tão boa e tão forte como ela foi. Espero conseguir ser a mãe que ela foi para mim e amar uma pessoa como ela me amou. Porque, por mais que eu a ame muito, o meu amor não chega aos pés do amor dela. Aquele era incondicional de verdade. Papai do céu me presenteou com duas mães na vida, sou muito grata por isso.

Enfim, sei que ainda tenho muita coisa pra viver e, por ela, eu estou buscando forças pra seguir em frente. Hoje me sinto como uma andorinha voando sozinha tentando fazer verão. Será que eu consigo?

É isso... A vida segue, mas a saudade, o amor e os momentos bons vão ficar pra sempre no meu coração! 
 

Hoje lembrei dela cantarolando para mim, brincando e rindo, uma música do Roberto Carlos que eu adoro. Mal sabia eu que essa músiquinha e aquele momento simples iam mexer tanto comigo. Me arrependo de não ter filmado...
 

Não adianta nem tentar
Me esquecer
Durante muito tempo
Em sua vida
Eu vou viver
Detalhes tão pequenos
De nós dois
São coisas muito grandes
Prá esquecer
E a toda hora vão
Estar presentes
Você vai ver

Vózinha, te amo pra sempre!

domingo, 5 de maio de 2013

Esse negócio de estar apaixonado

Esse negócio de estar apaixonado é muito engraçado, ou talvez a melhor palavra seja esquisito.
Isso! Esse negócio de estar apaixonado é muito esquisito.

Quando estamos neste estado acabamos misturando um milhão de emoções e sentimentos, começamos a aceitar e até a gostar de coisas que antes repudiávamos e, ainda, pensamos no ser amado o dia inteiro até a hora de dormir - esta, por sinal, é a pior hora do dia, pois pensamos na pessoa e imaginamos mil momentos lindos que poderíamos viver com ela.

É quase patológico: nosso primeiro pensamento é a pessoa, tomamos banho, escovamos os dentes, almoçamos, trabalhamos... enfim, vivemos pensando na criatura o dia todo. Sem ela, tudo perde a cor, perde a graça, fica xôxo, sem tempero! É que nem comida sem sal. Aaargh!

Torcemos para o destino ser bonzinho e, em cada esquina, pedimos para a pessoa estar lá. Só queremos dar um oizinho, ou não, talvez só queremos poder admirar essa tão bela criatura aos nossos olhos! 
Aí, no final do dia, bate uma tristezinha lá dentro porque não vimos, ouvimos, abraçamos ou rimos com a pessoa amada. Dá uma sensação de vazio enorme, nada preenche. É péssimo!
Cada dia sem ela, é um dia perdido, sem graça, que sobrevivemos e não vivemos.
Um drama só!

Esses dias eu ouvi - ou li, não lembro - que nada é melhor para a saúde que um amor retribuído. Faz sentido, porque essa agonia, essa solidão, essa tristeza vai minguando as nossas energias de um jeito que parece que vamos estourar de ansiedade mais cedo ou mais tarde! 

Mas, apesar de toda essa tortura, essa coisa de estar apaixonado também nos faz sentir vivos. Cada vez que falamos com a pessoa que amamos, sentimos aquela taquicardia gostosa, aquele frio na barriga, aquela sensação louca de que o coração vai pular pela boca... É muito bom! Acredito que vivemos nesses momentos deliciosos, que duram pouco, mas nunca esquecemos.

É muito ruim e muito boa essa coisa de estar apaixonado. É uma sensação única. Admito que sinto pena de quem nunca sentiu isso. Sinto mais pena ainda dessas pessoas que dizem que preferem morrer a sentir isso - umas até se matam.
Gente, como assim? Alô-ou! Ninguém é obrigado a amar ninguém, ou pior, ninguém é obrigado a viver a vida carregando a culpa de um descontrolado ter se matado porque não teve o seu amor retribuído.

Amor, retribuído ou não, sempre faz bem. É assim que tem que ser.
Temos que aproveitar esse sentimento tão puro e verdadeiro ao máximo. Esse sentimento tem que nos impulsionar a sermos melhores a cada dia, não pela pessoa amada, mas por nós mesmos. Tem coisa melhor que saber que temos a capacidade de sentir algo tão bonito?
Essa é a graça da vida. Sem isso, tudo é blasé!

A vida é simples assim. A gente é que complica.

A nós, os apaixonados, só cabe ir levando. Até que um dia, a pessoa amada vem ficar com a gente - é o que mais sonhamos! - ou outra pessoa especial aparece em nossas vidas para nos encher de alegria!

De qualquer forma, eu continuo dizendo que esse negócio de estar apaixonado é muito esquisito!