domingo, 5 de maio de 2013

Esse negócio de estar apaixonado

Esse negócio de estar apaixonado é muito engraçado, ou talvez a melhor palavra seja esquisito.
Isso! Esse negócio de estar apaixonado é muito esquisito.

Quando estamos neste estado acabamos misturando um milhão de emoções e sentimentos, começamos a aceitar e até a gostar de coisas que antes repudiávamos e, ainda, pensamos no ser amado o dia inteiro até a hora de dormir - esta, por sinal, é a pior hora do dia, pois pensamos na pessoa e imaginamos mil momentos lindos que poderíamos viver com ela.

É quase patológico: nosso primeiro pensamento é a pessoa, tomamos banho, escovamos os dentes, almoçamos, trabalhamos... enfim, vivemos pensando na criatura o dia todo. Sem ela, tudo perde a cor, perde a graça, fica xôxo, sem tempero! É que nem comida sem sal. Aaargh!

Torcemos para o destino ser bonzinho e, em cada esquina, pedimos para a pessoa estar lá. Só queremos dar um oizinho, ou não, talvez só queremos poder admirar essa tão bela criatura aos nossos olhos! 
Aí, no final do dia, bate uma tristezinha lá dentro porque não vimos, ouvimos, abraçamos ou rimos com a pessoa amada. Dá uma sensação de vazio enorme, nada preenche. É péssimo!
Cada dia sem ela, é um dia perdido, sem graça, que sobrevivemos e não vivemos.
Um drama só!

Esses dias eu ouvi - ou li, não lembro - que nada é melhor para a saúde que um amor retribuído. Faz sentido, porque essa agonia, essa solidão, essa tristeza vai minguando as nossas energias de um jeito que parece que vamos estourar de ansiedade mais cedo ou mais tarde! 

Mas, apesar de toda essa tortura, essa coisa de estar apaixonado também nos faz sentir vivos. Cada vez que falamos com a pessoa que amamos, sentimos aquela taquicardia gostosa, aquele frio na barriga, aquela sensação louca de que o coração vai pular pela boca... É muito bom! Acredito que vivemos nesses momentos deliciosos, que duram pouco, mas nunca esquecemos.

É muito ruim e muito boa essa coisa de estar apaixonado. É uma sensação única. Admito que sinto pena de quem nunca sentiu isso. Sinto mais pena ainda dessas pessoas que dizem que preferem morrer a sentir isso - umas até se matam.
Gente, como assim? Alô-ou! Ninguém é obrigado a amar ninguém, ou pior, ninguém é obrigado a viver a vida carregando a culpa de um descontrolado ter se matado porque não teve o seu amor retribuído.

Amor, retribuído ou não, sempre faz bem. É assim que tem que ser.
Temos que aproveitar esse sentimento tão puro e verdadeiro ao máximo. Esse sentimento tem que nos impulsionar a sermos melhores a cada dia, não pela pessoa amada, mas por nós mesmos. Tem coisa melhor que saber que temos a capacidade de sentir algo tão bonito?
Essa é a graça da vida. Sem isso, tudo é blasé!

A vida é simples assim. A gente é que complica.

A nós, os apaixonados, só cabe ir levando. Até que um dia, a pessoa amada vem ficar com a gente - é o que mais sonhamos! - ou outra pessoa especial aparece em nossas vidas para nos encher de alegria!

De qualquer forma, eu continuo dizendo que esse negócio de estar apaixonado é muito esquisito!